o amor se torna uma coisa relativa depois de tanta desilusão.

amor de verdade. amor imaginado. e a falta de amor também.

queria apenas que tu tivesses uma mínima noção de tudo que acontece dentro de mim quando tu me deixas sozinha.

fiquei sozinha, esquecida. mesmo tendo a certeza que de você voltará para mim, não consigo parar em pensar em te perder. talvez te perder para sempre, não seja uma má idéia. acabaríamos com os pequenos segredos que temos que guardar. eu o da verdade absoluta, você o da menitra disfarçada.

[inspirado, praticamente copiado, dos belíssimos pensamentos do ralsen.]

falta da cama.

a falta da cama é uma maldita desculpa. tanto faz. com cama, sem cama, nas almofadas, no chão. dormiria em qualquer lugar. fingiria dormir com uma maldita dor de cabeça, com o rádio ligado a noite inteira enquanto você baba e ronca ao meu lado, em uma verdadeira sinfônia infernal.
quem liga? eu continuo lá do mesmo jeito.
porque você me dá a mão e eu quero o braço. você me dá gostar e eu quero amar. quero viceras no chão. pedaço de você espalhado no colchão que nenhum detergente vai conseguir tirar.
impresso em baixo das minhas unhas roídas e de tudo aquilo que já foi estragado antes de você aparecer. tudo que nem tem mais concerto. [tanta coisa que não tem mais concerto.]
melhor ir embora logo, e dizer que nem tem cama nessa casa. que não posso ficar. porque você não sabe, mas já é tarde demais. como sempre.
não! nada de sofá-cama, colchão, colchonete, saco de dormir. não tem cama nessa casa. e eu vou embora.